terça-feira, 19 de abril de 2011

Cultura

O Tintin vai ao tribunal

O cidadão congolês Bienvenu Mbutu Mondondo levou o Tintin a tribunal, com uma acusação de racismo.
Em causa está o livro “Tintin no Congo”, de 1931, no qual Hergé conta a história de como o repórter é tomado por feiticeiro na colónia belga, mas consegue, como sempre, escapar.
A versão original deste livro estava ainda mais repleta de conteúdo racista e pró-colonialista do que a edição disponível nas livrarias actualmente, cujo conteúdo foi aligeirado. Mesmo assim, em 2007, a Comissão Britânica para a Igualdade das Raças pediu que se deixasse de vender este livro no Reino Unido, devido ao seu conteúdo racista.
O congolês Mondondo não exige que se retire o livro das livrarias, mas sim das prateleiras de literatura infantil. Ou, como alternativa, que o livro passe a ter um prefácio explicativo do contexto histórico da obra, ou ainda um aviso em relação aos conteúdos. Este caso vai começar a ser julgado a 30 de Setembro deste ano.
Hergé defendeu-se das acusações relativas a “Tintin no Congo” dizendo que desenhou “os africanos de acordo com o espírito paternalista da época na Bélgica”. O autor, contudo, nunca escondeu o seu apoio ao regime nazi durante a Segunda Guerra Mundial nem as suas opiniões acerca do colonialismo.

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